quinta-feira, 7 de junho de 2012

Continuação dos "causos"

Quando marido e eu saímos da faculdade queria muito encontrar com a minha mãe. Liguei e ela estava no shopping com a minha tia. Disse que iria até lá pois tinha combinado um cinema com o marido e aproveitaria para vê-la. Na ligação ela disse que havia conversado com a minha tia e que elas achavam melhor eu fazer o exame de fezes antes do beta-hcg. Se não desse nada, aí eu poderia fazer o de farmácia, que era mais barato. E eu só concordava: "É mãe! Então a gente faz assim..." Mal sabia ela que eu já tinha feito o exame e sabia o resultado. E é lógico que eu não ia dar uma notícia dessas pelo telefone, então tinha que fingir que concordava com tudo. Chegando no shopping liguei pra ela e fui logo separando o exame. Sem envelope, claro. Já pensou ainda ter que tirar o envelope? Eu ia morrer de ansiedade. Quando cheguei a livraria que ela estava eu falei com ela e com minha tia e a esperei terminar de ser atendida pelo vendedor. Quando deu um intervalo eu mostrei o papel e disse: "Não gostaria que fosse assim". Ela pegou o papel, abriu e viu o positivo. Começamos a chorar e nos abraçar no meio da livraria. Ela ficou muito feliz. Minha tia ficou muito feliz. Todos ficaram muito feliz. Eu é que ainda estava meio em choque. Mas também estava muito feliz. Saindo de lá fomos a casa da minha tia e era hora de contar para o meu pai. Achava que ele diria um "puta merda" quando eu dissesse que ele seria avô. Mas quando contei ele perguntou: "Sério?" e me deu os parabéns. Fiquei muito feliz. Depois fomos a casa do meu irmão contar para ele e minha cunhada. Eles estavam se arrumando para ir a um show. Esperamos os dois ficarem juntos e demos o papel do positivo para eles lerem. Também ficaram muito felizes.Passada todas essas emoções era hora de contar para os avós paternos. Mas quando chegamos em casa a minha sogra estava com a pressão alta, então não arriscamos dar a notícia num momento desses. No outro dia, quando as coisas estavam um pouco melhor nós decidimos falar. Primeiro falamos para meu sogro, para saber se era uma boa hora para comunicar a minha sogra, que apesar de melhor, ainda estava com a pressão alta. Ele ficou muito feliz e disse que era lógico que podíamos contar e que ela ficaria muito feliz também. Eu duvidei um pouco, pois como eu, ela também pensa no futuro. Mas quando contamos ela ficou muito feliz. Disse que seria muito bom ter uma criança em casa de novo. Aí chegou a hora que eu mais temia. Contar ao Vinicius. Ele sempre foi o centro de tudo e muito ciumento comigo. Quando eu estava perto de alguma criança e brincava com ela eu sentia que ele não gostava muito. Fomos até ele e contamos. Ele também ficou muito feliz, me deu parabéns e me abraçou. Um príncipe! Sempre me surpreendendo. Aí era hora de contarmos  para minhas cunhadas. E aí sim eu poderia espalhar a novidade.Para a Fabíola foi um pouco mais difícil, pois ela só aparece no domingo e não queríamos esperar e nem dar a notícia por telefone. Então ligamos e perguntamos se ela estava em casa. Ela disse que não. Meu marido disse que queria se encontrar com ela para dar uma notícia mas não queria falar pelo telefone. Aí ela ficou preocupada, perguntou o que era e ele explicou que não era nada grave, só queria falar pessoalmente. Pensem numa pessoa que estava morta de preocupada e se tremendo!!! Tadinha da Fá. Entreguei o exame para ela (sem o envelope, claro) e ela abriu, disse que não estava entendendo, que queria que explicassem para ela (quase suplicando) e foi então que eu apontei e disse: "Olha o positivo", e então ela entendeu. Perguntou se eu estava grávida e eu confirmei e ela ficou muito feliz. E abraçava a gente e quase chorando (acho que era de alívio também por não ser nada de grave) e dizia parabéns. Foi muito bom. Ainda faltava a Dany, que estava no trabalho. Todas as vezes que chegamos lá ela não está fazendo nada de urgente e nem está com ninguém, mas como existe a Lei de Murphy, justo nesse dia ela estava com gente na mesa. E demorou uma eternidade para sair. Finalmente dissemos que tínhamos uma surpresa e entreguei o exame. Ela abriu o papel e também disse que não estava entendendo. E da mesma forma apontei o positivo. Ela fez a mesma pergunta que a Fabíola fez e depois me abraçou e desejou os parabéns. Ela também ficou muito feliz. Enfim, nessa história toda a única pessoa na face da terra que não ficou tããããão feliz assim fui eu. Mas vamos combinar que passa milhares de coisas na sua cabeça, fora os hormônios descontrolados e outras várias coisas que estão acontecendo com você no momento. Eu acho que mais tarde, quando eu contar essa história para o meu filho ele vai me perdoar. Ou não? Na próxima postagem vou relatar como foram as primeiras semanas da minha gravidez. Até a próxima!
=)

Um comentário:

  1. Lorena adorei sua visita e corri para retribuir, vejo que cheguei em ótima hora, pois vivi algo semelhante a 14 anos....rsrs Sei dizer que o que sentes é NORMAL, eu estava numa situação pior, me descobri gravida em Janeiro e tinha dívidas que só acabariam em Julho, agindo até abril como se nada tivesse acontecendo, eu só engordei...e contei a todos só quando não tinha mais o que fazer tava muito "gorda" foi contar que minha barriga apareceu....e os mimos começaram, todos me protegendo, cuidando...
    Filhos são sempre dádivas, veem ao mundo para nos auxiliar a aprender como viver melhor.

    Muita Luz e Paz
    Abraços

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